José Freire, natural do Fundão e a residir actualmente em Azeitão, é o autor da exposição de azulejo “alicatado”, que o Museu do Sabugal apresenta ao público até ao dia 29 de Junho.
As obras expostas são fruto de uma técnica muito popularizada nos séculos XVI e XVII, mas que dada a grande complexidade e morosidade de execução se foi perdendo no tempo.
Sublinhe-se que a técnica do azulejo “alicatado” consiste em agrupar fragmentos de cerâmica vidrada cortados em diferentes tamanhos, formas geométricas e cores, com a ajuda de um alicate, daí o termo “alicatado”, o que confere a estes trabalhos uma espécie de simbologia ancestral, riqueza cromática e um enorme sentido cenográfico.
Os últimos vinte anos da vida de José Freire têm sido dedicados à descoberta e aperfeiçoamento da monumental técnica do “alicatado” pelo que as suas obras são o resultado dessa dedicação, mas também da inspiração colhida em várias correntes da azulejaria. De entre os trabalhos apresentados, elaborados unicamente com pedaços de azulejos (sem utilização de tintas), destaca-se a recriação de pinturas de artistas célebres, desenhos de ilustres senhores da literatura portuguesa, designadamente Fernando Pessoa, Camilo Castelo Branco e Luís de Camões, a par os seus próprios e exclusivos originais.
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